sexta-feira, 10 de julho de 2009

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E de repente apetece-me chorar por tudo e por nada. Parece que sou invisível, não existo, pouco importo aos outros. Porque será? Estarei destinada ao fracasso ou é só uma maneira de me testarem? Por mais coisas que diga mais me ignoram. Pessoas que eu pensava que iam ser diferentes por serem iguais a mim limitam-se a fazer o mesmo que tantas outras. E de repente encontro-me só, não estou sozinha, estou apenas só. Sinto que caí no maior buraco negro e agora é difícil escapar-lhe. Valerá a pena lutar? Talvez, não sei. Tento aguentar-me mas não tenho forças. Já se foram, há muito tempo. Às vezes pareço triste e chegam a perguntar-me o que tenho, digo simplesmente que estou a pensar, que estou perdida no meu intelecto. Mas não é verdade, não podem acreditar nas palavras de uma louca. Na verdade, estou a tentar conter a minha angústia que se vai acumulando ao longo do tempo mas hoje foi a gota de água. Não aguentei mais, tinha que pôr tudo cá para fora. Neste longo caminho nunca sei por onde devo seguir e parece que a cada decisão as consequências são piores. E no fim o que tenho? Talvez um par de óculos de sol e um chapéu. Mas para que me serve isso? Para criar uma barreira entre mim e o Sol. Sou tão fria e impessoal que nem o Sol deixo que me conheça bem. Mas isso sou só eu, uma migalha num enorme pão integral, porque este é mais light.

2 comentários:

Luh disse...

qual migalha qual quê!

depois da tempestade vem a bonança ;)

sempre aqui para ti

Rosélia disse...

Ninguém devia ter de passar por isso sozinha. Ninguém te devia deixar sozinha. :\

Se o fiz, perdoa-me.

Mas não quero que te sintas só, nunca. Não é justo Ana, se queres gritar, eu posso ouvir-te.

Revolta-te mas diz-me.

Preciso de saber que estás viva.